Atrocidades, Terremotos e Justiça Divina

Talvez a deusa Gadhimai, também não tenha se agradado do festival de sacrifício de sangue realizado em sua homenagem, pelos nepaleses, em novembro do ano passado.

“Deusa Gadhimai. A ela são oferecidos os sacrifícios pelos devotos, acreditando-se obter prosperidade e saúde”.

Búfalos, cabras, cordeiros, porcos, pombos e todos os animais que estejam ao alcance das mãos desses crentes fanáticos são mutilados ou executados a cada cinco anos no Festival Gadhimai, no Nepal; o ritual religioso com animais mais sangrento do mundo. Um acontecimento para o qual reúnem-se cerca de cinco milhões de pessoas que consomem bebidas alcoólicas e executam os animais a golpes de facas e facões.

ghadimai festival sacrifice

A cerimônia começa com os impiedosos esfaqueamentos dos búfalos, nas patas traseiras, para depois decapitá-los. Tudo isto feito diante de crianças, que presenciam o massacre. As autoridades nepalesas enviaram 1,2 mil agentes para a região para evitar incidentes durante o rito. “As cabeças dos búfalos de água foram enterradas em fossas de 2,75 metros de profundidade nos limites do templo”, descreveu um sacerdote.

Gadhimai Mela

[Assista esse vídeo da Agência BBC Brasil sobre a destruição de templos históricos no Nepal]

Em 3 dias, 500 mil búfalos, foram sacrificados na região, inundando o relevo numa quantidade de sangue jamais visto. E anteriormente ao festival, já havia um contrato entre os organizadores, para que a carne e o couro dos animais abatidos, fossem entregues a empresários ricos, tanto no Nepal quanto na Índia. Em nenhum momento, a população pobre do país seria beneficiada. Quer dizer, um festival de sangue para ricos e não para pobres, independente da ignorância de alguns em levar o animal para sacrifício, esperando receber da deusa algum benefício, onde me parece, que o “benefício” chegou da forma mais trágica que se poderia esperar.

Dizem os insanos praticantes dessa abominação sanguinolenta, denominada de festival, que o ritual é para atrair prosperidade. Pergunta: mais que prosperidade é essa que a população pobre do país não recebe sequer um quilo de carne dos animais mortos e só os ricos é que recebem?

A negativa em dar a carne dos animais mortos à população pobre do país, já mostra que é um festival “religioso” perverso. Uma prática monstruosa que tem que ter um fim. E uma “religião” que só beneficia ricos e não pobres, não merece respeito e sim, duras críticas vindas de todo o mundo, como aconteceu através de protestos de ativistas que levarão o caso à ONU.

O planeta Terra é extremo e perigoso a humanos quando leis naturais são violadas. E o mar de sangue que acontece nos festivais de sacrifício nepaleses, não poderia dar em outra coisa. Uma prática insana e extrema dessa natureza, não retorna em benefício de nada, e o pior que quando chega o momento do castigo natural, todo mundo paga, tanto o inocente, quanto uma criança, como os culpados que participaram seja diretamente ou indiretamente dessa abominação.

Nepal6

E o que está por trás desse “festival de sacrifício de sangue”? Não é a prosperidade do país e sim a manutenção do poder dos ricos e a manutenção da escravatura nos dois países, onde no Nepal consta hoje 270 mil escravos, enquanto que na Índia, 14 milhões e 700 mil seres humanos que também são mantidos em regime de completa escravidão, literalmente.

E tomara Deus, que o terremoto, não seja só o início de problemas vindouros ainda maiores para o Nepal e a Índia, pois a prática realizada em Bariyapur, na fronteira com a Índia, foi hedionda, de uma insanidade monstruosa, que com isso criou enormes afluentes de sangue que correram direto para os rios da região. E como o sangue exposto na terra só atrai coisa ruim, os perigosos animais mortais que já infestam as águas dos rios da região só tendem a aumentar, como por exemplo, o goonch, um bagre extremamente grande e sedento por carne humana.

O mundo só sofreu uma maquiagem, mas a alma humana continua a mesma dos tempos antigos/retrógrados.

Diante de um terremoto de 7,8 graus na escala Richter, com até esse momento (30/04/2015) cerca de 5.500 mortos no Nepal e mais de 100 mortos entre Índia e China (algumas autoridades afirmam que pode chegar a 10 mil mortos), você pode perceber que a JUSTIÇA DIVINA de 2015 (Ano 8) não falha. Esse é o ano da Justiça, e como dito no texto acima, o ritual para a “prosperidade” (8) não poderia resultar diferente!

Está na hora de assumir a evolução pessoal e coletiva junto com o planeta, que não irá mais tolerar tantas barbáries humanas. Que 2015 continue a nos trazer sinais evidentes como esse terremoto, da Justiça Divina em Todos os âmbitos. Mundo, Brasil, políticos e corruptos, abram os olhos!

Namaste // Rodrigo Kladwan

Fontes diversas na Internet 1, 2, 3, 4 e Agências de Notícias 1, 2, 3

3 respostas para “Atrocidades, Terremotos e Justiça Divina”.

  1. Como mencionei ontem… não conseguia entender aquela população toda sentada nas barracas montadas para receber os desabrigados sem nada fazer… enquanto gente de todo o mundo estava indo até o Nepal para ajudar a salvar pessoas debaixo dos escombros! Interessante o artigo Rodrigo! Não conhecia esse “festival”! Abraço!

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  2. Avatar de Marcia Folegatti
    Marcia Folegatti

    Quando acompanhei pela TV o terremoto, em meio a tanto sofrimento, ainda assim a população passavam a mão em um ídolo de pedras e se benziam. Como pode idolatrar deuses terrenos, não são capazes de ajoelhar, levantar as maos ao céu e agradecer a Deus pela vida, mas sim um monte de ruínas. Fiquei desolada. O mesmo aconteceu no Haiti, onde eles idolatram zumbi. Enquanto o ser humano buscar pela matéria prevalece o sofrimento.

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  3. Excelente post Rodrigo, traz luz para um fato que muitos não conheciam, inclusive eu, sobre esse sacrificio insano de animais.É “triste” perceber que a justiça divina precisa intervir a esse ponto, e mais lamentável ainda como o ser humano está adormecido em seus atos. Fica o exemplo e a reflexão… Grande abrço!

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