Simplificações ou complicações?

Olá! Como está você que lê isto agora? Está tudo bem? E se não estiver? Quando perguntam pra você se está tudo bem, e na verdade não está… O que você diz? “Ah, está tudo bem”? Às vezes é mais fácil não é!?

Simplificações… Usamos isso na tentativa de descomplicar a vida, de abreviar escusas, enfim, somos superficiais na maior parte do tempo, sem mesmo perceber a ação da mente que muitas vezes não quer encarar os fatos. Mas seria diferente se ao invés de falar tudo bem, você dissesse “está tudo mal”? O que muda afinal? Você tem medo de mostrar-se frágil? Ou prefere passar batido pelos avisos que vem do corpo, do coração e tudo ao redor? Ou não adianta nada dizer que não está bem, o outro não pode lhe ajudar. Ninguém pode lhe ajudar! Oh meu Deus!

Nesta manifestação física, é muito difícil e quase impossível fugir da dor, do sofrimento, dos momentos amargos. Seria muito agradável se na maior parte do tempo, tudo estivesse Realmente bem! Mas, sabemos que não funciona assim, e acredito ser maravilhoso dessa forma. Pois são nos momentos difíceis que nos aventuramos a alcançar explicações, superações, transpor limites e mudar ideias.

Então, talvez até aqui, já possamos falar francamente… Está tudo bem?

Sim ou não, ótimo! Toda hora é hora de agradecer, aprender e crescer. Vamos aprender então a sermos autênticos? Crianças tem essa característica muito evidente, é fácil de perceber quando uma criança está se sentindo bem ou não. Ela não força um sorriso, não esconde uma aflição, não tranca um choro, tão pouco se priva de uma gargalhada. Espontaneidade é algo maravilhoso, que infelizmente o adulto (nem todo) perdeu.

Acredito que isso sim é descomplicar! Aceitar o momento na plenitude da emoção… O adulto aprende a não ser tão “frágil” como a criança, mas embrutece seus sentimentos ao nível de quase não sentir mais… Pergunte para um médico ou enfermeira de rotina de um grande hospital se ainda se emociona como da primeira vez diante do sofrimento, do nascimento, da morte… Claro, que não podemos dramatizar as situações como fazem as crianças… Mas não devemos esquecer de humanizar esses sentimentos, de demonstrarmos nosso carinho, atenção e compaixão.

Na corrida da vida, não devemos esquecer do próximo. Numa queda, numa lástima, numa carência, tudo que estiver ao nosso alcance, alcancemos ao próximo. Somos inteiramente UM organismo complexo nesse planeta. Se todos receberem respeito, aprenderão a dar respeito, assim o respeito reinará sobre a Terra. Onde há respeito, há amor, tolerância, paz e tudo de bom. Simplesmente não há conflito. E um lugar sem conflito é o que todos querem, disso tenho certeza.

É porque o Homem se individualiza e se torna muito egoísta, materialista, imediatista que as coisas vão mal…

Bill Gates quer doar grande parte de sua fortuna. Porém outros querem aumentar muito mais a sua. Guardadas as devidas proporções entre as classes, cada um está onde precisa estar. É possível estar em paz com cada situação, mas pra acontecer assim, tem de haver resignação e respeito próprio e pela vida.

O americano cumprimenta seu irmão assim: “Hi”, “Holla”, “Oi”, “What’s up”, “Que tal”, “E aí”, dando um aperto de mãos ou um tapinha nas costas, mas às vezes nem cumprimenta. O indiano cumprimenta seu irmão assim: “Namaste” (Deus em Mim, saúda Deus em Você), em Namaskar (mudra de saudação com as mãos em prece). ‘Engraçado’ que as culturas com mais sensibilidade espiritual conservam bem mais respeito e fraternidade entre as pessoas, e ainda assim são chamadas de atrasadas, ‘terceiro mundo’… Para fazer o ‘primeiro mundo’ para todos, não basta saber negociar, usar a diplomacia dissimulada, temos que nos unir em verdadeiro e profundo respeito.

boyshugging

Namaste!

Rodrigo Kladwan

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